A Bahia manteve a liderança nacional do ranking de homicídios, de acordo com a 13ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgada nesta terça-feira (10) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Segundo o levantamento, em 2018, foram registrados 5.346 assassinatos no estado, número superior ao do Rio de Janeiro (4.950 casos), que está na segunda posição e continua enfrentando uma crise de violência.
O deputado estadual Targino Machado (Democratas), líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia, lamentou o resultado apontado pelo novo levantamento e criticou a falta de uma política séria e eficiente do governo do estado para combater o que chamou de “matança” do povo baiano.
“Mais um levantamento que traz a Bahia como o estado com maior número de homicídios e absolutamente nada é feito pelo governador Rui Costa. O que vemos é uma política equivocada de combate à violência que não tem dado certo. A violência continua se expandindo, principalmente no interior do estado, e o governo permanece inerte”, afirma.
O deputado ressalta, ainda, que a Bahia aparece entre os estados que menos gastam com segurança pública. O anuário mostra que o governo gasta, em média, R$ 290,12 por pessoa, o que representa apenas a 21ª posição entre os estados. “Ou seja, quebra o discurso do governador Rui Costa (PT) de que investe em segurança. Até porque quem circula a Bahia sabe das dificuldades enfrentadas pelas polícias, que sofrem com a falta de estrutura e condições mínimas de trabalho”, enfatiza.
O anuário ainda traz uma série história do número de mortes violentas intencionais, que inclui, além dos homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. No ano passado, foram registrados 6.346 casos na Bahia, que ficou atrás apenas do Rio de Janeiro (6.714). Desde 2011, a Bahia nunca conseguiu reduzir o número para menos de 6 mil assassinatos.
“A violência toma conta da Bahia, e não é de hoje. Os governos petistas perderam o controle. Se, por um lado, não investem nas polícias, por outro abandonaram a educação, entregando nossas crianças e adolescentes ao destino. Sabemos que as políticas de segurança vão muito além das polícias, e envolvem educação, geração de emprego e oportunidades para os baianos. Em todas estas áreas, o governo tem fracassado”, ressalta, ao lembrar que o ensino médio da Bahia é considerado o pior do país, segundo o Ideb, e o estado lidera o ranking de desemprego, de acordo com o IBGE.