Empresários do agronegócio reclamam da falta de atenção do governo do PT com estradas, eletrificação e segurança
Muito se fala da riqueza do oeste da Bahia, considerada por muitos como a nova fronteira agrícola do país. A produção de soja, algodão e milho na região gera riquezas e divisas para o estado. Diante de tanta importância, a cidade de Luís Eduardo Magalhães abriga uma das três maiores feiras agrícolas do país, a Bahia Farm Show, que chega a sua 14º edição com recordes em negócios, que ultrapassaram a barreira do R$ 1 bilhão, com mais de 70 mil visitantes interessados em negócios. Mas, apesar de todo o sucesso, produtores e empresários dos municípios do oeste reclamam do abandono do governo do estado que deixou de investir em áreas como a eletrificação rural, estradas vicinais e na logística.
O pré-candidato do Democratas ao governo do estado, José Ronaldo, foi recebido com entusiamo pelo empresariado local que apresentou a ele suas dificuldades para continuar o crescimento da região. O produtor Odacil Ranzi apresentou uma série de carências enfrentadas pelo empresariado. Segundo ele, existe uma demanda muito grande pelo fornecimento de energia, que ainda sofre muitas oscilações e isso tem impedido o desenvolvimento de diversos projetos. “Falta energia e temos apenas três estradas asfaltadas contra uma imensidadão de vias de chão batido. Temos rios perenes mal-cuidados, ainda com pontes de madeira e as promessas de construção da ferrovia e do porto de Ilhéus não fazem parte da ‘correria’”.
Acompanhado pelo deputado federal Antonio Imbassahy, deputado Benito Gama, o vereador por Salvador e pré-candidato a deputado, Paulo Câmara, e o ex-governador e ex-prefeito de Guanambi, Nilo Coelho, José Ronaldo, em sua quinta visita ao Bahia Farm Show, ouviu atenciosamente a reclamação dos produtores e disse que a região não pode ser tratada com desdém. “O oeste é o futuro da Bahia. É preciso ter mais atenção com a região e também com o extremo-sul, áreas distantes da capital e que são relegadas pelo governo do PT. Nosso intuito é criar escritórios regionais que aproximem o governo dos municípios, acompanhando suas necessidades e apostando em um crescimento que garanta produção, emprego e renda”.
Odacil Ranzi contou que a região enfrenta problemas também com a falta de definição da fronteira com o Tocantins e que a segurança somente foi melhorada a partir de uma parceria entre os produtores e o governo que garantiu pagamento do soldo dos policias para atuar com mais ênfase. “Da porteira para dentro a Bahia é primeiro mundo, grande produtora, detém alta tecnologia, mas da porteira para fora esbarramos em dificuldades de logística para escoar e também para trazer insumos. Falta ação dos governos federal e estadual”. O produtor apresentou também para José Ronaldo demandas para atrair investimentos que permitam a verticalização da produção. “Além de produzir os grãos, poderíamos também produzir a ração, confinar e engordar animais. Produzimos algodão, mas poderíamos também ter fábricas de tecidos, roupas, lingerie, agregar valor a produção. Tudo isso dependemos da boa vontade do governo”.
O prefeito de Barreiras, Zito Barbosa acompanhou a vista de José Ronaldo e fez coro com os produtores. “A região é rica, mas o povo é pobre. O governo do PT não tem presença, abandona os pequenos produtores. Em Barreiras, fizemos parcerias visando dotar os pequenos e médios empresários de assistência técnica e maquinário que permitam alavancar a produção, principalmente de alimentos. Falta atenção do governo do estado”
José Ronaldo participou de uma longa reunião com produtores e associações rurais de Luís Eduardo Magalhães e região, prometendo retornar ao município com o objetivo de formular um plano de governo que garanta à região as condições para que retome o desenvolvimento. O pré-candidato ao governo foi também recebido pelos irmãos Hernane, Jader e Junior, sócios dos supermercados Marabá, rede responsável pela geração de centenas de empregos em LEM e que agora está expandido suas lojas para Barreiras.