Secretário de Cultura e Turismo da Prefeitura de Salvador, Cláudio Tinoco (Democratas) não hesita ao responder que a gestão municipal é mais eficiente na execução de projetos do que o governo do Estado. De acordo com ele, foi isso que impulsionou a decisão do prefeito ACM Neto (Democratas) de tomar a dianteira e dar início ao processo de construção do Centro de Convenções de Salvador, que já está em obras. “A gente vê iniciar uma série de projetos, mas a gente não vê nem ser executados. Assim é a ponte Salvador-Itaparica, assim foi o caso desse Centro de Convenções e, por duas vezes, eu li o secretário de Turismo [José Alves] dizer que está na mesa do governador. Foi assim em janeiro e foi agora em outubro. Então o próprio secretário coloca a responsabilidade no colo do governador e a gente não vê uma resposta, a gente não ouve uma resposta e foi isso que aconteceu”, critica.
Neste contexto, o empreendimento da prefeitura tem previsão de ser concluído em setembro de 2019 e, segundo Tinoco, já há um calendário com cerca de 30 eventos agendados para o espaço.
Com o turismo cultural como um dos eixos para a promoção da cidade, a prefeitura pretende também dar foco ao projeto do Museu da Música. O plano é implantá-lo no Casarão dos Azulejos até 2020, com investimento de mais de R$ 10 milhões. “A gente vai ter o recurso suficiente não só para concluir esse restauro, mas mais do que isso, implantar um museu dentro do conceito que a gente deseja, que é um espaço integrado em quatro imóveis ali da região da Praça Cairu, e que tenha uma sustentabilidade, não só por ser o museu expográfico, museográfico, mas sobretudo de produção musical. Salas de ensaio, auditórios para poder gravar… que a produção musical em Salvador possa ser reativada ou ativada a partir dele”, descreve.
Quanto à sua desistência de concorrer à eleição para deputado estadual, Tinoco acredita que não reuniu condições para viabilizar sua candidatura. Vereador licenciado da Câmara Municipal de Salvador (CMS), ele passou todo o ano de 2017 no Executivo da capital baiana.
“A decisão foi acertada, não pelo resultado ruim para meu grupo político. Eu acho que para minha posição, eu não tive condições de reunir no ano passado apoios no interior, apesar de ter muitos amigos e ter atuado quase 10 anos em nível estadual”, pondera.
O secretário também não deixou a pasta na gestão ACM Neto para disputar a presidência da Câmara, como era esperado. Em entrevista ao Bahia Notícias, ele explica suas motivações para continuar na prefeitura e também detalha os demais projetos para a cultura e turismo de Salvador nos próximos dois anos. Clique aqui e leia a entrevista completa.