A nova presidente estadual da Mulher Democratas, Roberta Caires, afirmou na noite desta segunda-feira (6), durante ato de posse, que a participação da figura feminina na política não deve ocorrer por que a palavra “empoderamento” está na moda”, mas sim pelo preparo profissional e competência.
“Do lado de cá, o que a gente tem falado, discutido e vamos começar um trabalho por toda a Bahia é justamente não usando a palavra do empoderamento de uma maneira corriqueira, porque está na moda, mas mostrando a mulher que o empoderamento vem da capacidade dela”, disse Caires em entrevista ao Bocão News.
A declaração ocorre um dia após a deputada estadual Fabíola Mansur (PSB) ter afirmado que a escolha de Mônica Bahia como vice-governador do candidato Zé Ronaldo na chapa de oposição “não significa que ela vá defender as pautas feministas”.
Sem citar nomes, Caires, contudo, disse lamentar avaliações nesse sentido. “Eles colocaram de maneira infundada. Eu lamento profundamente que lá as mulheres têm se submetido a uma posição em que eles querem dizer que no quadro deles não tinha mulher com competência suficiente para estar num quadro de destaque. Eu lamento elas estarem numa gaiola, estarem com a visão comprometida daquilo que elas mesmas são e representam. Eu vejo isso como um lamento”, ressaltou.
“Essa crítica eu a devolvo como um grande lamento por elas terem no grupo político delas a oportunidade de ser uma representante mulher. E não só por ser mulher, mas por ser uma mulher responsável, profissional e competente, como a gente tem em nosso quadro. A gente observa que o Democratas tem saído na frente sobre essa visão da importância da integração da mulher nas grandes discussões. A mulher pode estar onde ela quer, falar sobre todas as questões sobre as quais ela esteja preparada para exercer”, reiterou a dirigente democrata.