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Alan Sanches cobra providências do governo em relação a hospitais psiquiátricos: “A situação é muito grave”

O deputado estadual Alan Sanches (Democratas) cobrou do governo do estado, nesta terça-feira (3), providências em relação à situação dos hospitais psiquiátricos da Bahia após a divulgação de um relatório realizado entidades federais, entre elas o Ministério Público do Trabalho (MPT). O documento foi elaborado após inspeções em 40 hospitais psiquiátricos de 17 estados das cinco regiões do país realizadas em dezembro de 2018. Na Bahia, foram vistoriados os hospitais Juliano Moreira, Mário Leal (ambos em Salvador) e Lopes Rodrigues (Feira de Santana).

O relatório aponta uma série de problemas encontrados nestas unidades, desde as péssimas condições de estrutura até a falta de materiais de higiene e ausência de acessibilidade. “O que o documento aponta é muito grave e exige providências rápidas e sérias do governo do estado. As unidades não oferecem condições mínimas de atendimento, enquanto as equipes de profissionais são reduzidas e sofrem com a falta de valorização”, frisa.

No Hospital Juliano Moreira, a inspeção encontrou, além da falta de acessibilidade, situações graves, entre elas a falta de licença sanitária. “O alvará de funcionamento da unidade data do ano de 2005. No presente momento, o hospital não possui licença sanitária para o funcionamento”, diz o documento.

“No que diz respeito ao banho dos pacientes, os profissionais de enfermagem relatam que os pacientes tomam banho todos os dias no horário entre quatro e cinco da manhã, por não haver toalhas, os pacientes se secam após o banho com lençóis de cama. Os chuveiros não contam com água quente e nem papel higiênico no local, os pacientes precisam solicitar a enfermagem uma quantia que consideram necessária, além de não haver privacidade para os pacientes”, informa outro trecho do relatório.

Já no Hospital Especializado Mário Leal, a vistoria identificou problemas de higiene. “Segundo relato dos funcionários as roupas são tratadas por empresa terceirizada, porém o contrato não cobre o custo com a remoção de manchas, para os itens de vestuário, ocasionando a permanência de manchas como de alimentos e sangue”, diz o relatório.

Para Sanches, o governo precisa tomar uma medida imediata. “A sociedade baiana precisa de uma resposta. Estamos falando de um público já muito vulnerável, e que precisa ainda mais de cuidados e atenção do estado. Estas pessoas não podem simplesmente serem jogadas num hospital psiquiátrico e abandonadas”, destaca.